Lesões no ombro dos desportistas do voleibol
As lesões mais freqüentes dos membros superiores acontecem no ombro dos jogadores de voleibol (CHIAPPA, 2001). Cerca de 8 a 20% em voleibolistas (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). Sendo mais comuns em jogadores do voleibol de duplas, cerca de 42%, para atletas do voleibol na quadra a porcentagem está em torno de 15%%(AAGAARD et al., 1997). Os jogadores de duplas se machucam mais nos membros superiores, embora a defesa é a que ocasiona a mais contusões, 32% (AAGAARD et al., 1997).
As contusões nos jogadores geralmente são por overuse, resultando em tendinites nos rotadores do ombro ou manguito rotador e no tendão do bíceps braquial (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). MATOS (2002) escreve que os músculos pertencentes aos rotadores mediais (internos) do ombro são compostos pelo redondo maior e o subescapular. O redondo menor, o supraespinhal e o infra-espinhal pertecem aos rotadores laterais (externos) (MATOS, 2002). Para RASCH & COLABORADORES (1991) os músculos do manguito rotador são compostos pelo redondo menor, infra-espinhal, supra-espinhal e subescapular. Os mesmos músculos determinados por BLEVIN (2000).
O manguito rotador tem a função de fixar a articulação glenoumeral, contribuindo para a estabilização articular (HALL, 1993; RASCH & COLABORADORES, 1991). WANG et al. (2000) informam que os voleibolistas são predispostos para se machucarem nos rotadores do ombro. O motivo é que os atletas realizam uma rotação externa e interna do ombro no saque e na cortada por muitas vezes (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).
A maneira eficaz de prevenirmos as contusões nos músculos rotadores consistem de sessões de força e de flexibilidade (WANG et al., 2000; WANG & COCHRANE, 2001). Para CHIAPPA (2001) os jogadores de ponta atacam mais, merecendo mais atenção no trabalho de força para os ombros. CIBRARIO (1997) indica os seguintes movimentos articulares no trabalho de força para prevenir as lesões no manguito rotador: rotação externa do ombro acompanhado da rotação externa da cintura escapular (CE) , rotação interna do ombro acompanhado da rotação interna da CE , elevação do ombro acompanhado da rotação externa da CE em seguida acontece elevação da mesma (hiperelevação do ombro), abdução do ombro acompanhado e rotação externa da CE, adução do ombro acompanhado rotação interna da CE, extensão do ombro acompanhado da rotação interna da CE e abdução horizontal do ombro acompanhado da adução da CE.
BRINER JUNIOR & BENJAMIN (1999) recomendam exercícios de força e de flexibilidade para o manguito rotador, e são: no treino de musculação devemos praticar rotação externa do ombro acompanhado da adução da CE, rotação interna do ombro acompanhado da abdução da CE. No trabalho de flexibilidade, uma ação para cima e para baixo segurando uma toalha com o intuito de alongar os músculos da rotação interna e externa (similar ao enxugar as costas com uma toalha) (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999).
Contusões na mão dos jogadores de voleibol
As contusões nas mãos representam pequena porcentagem nos jogadores de voleibol (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). Os jogadores recreacionais machucam mais as mãos no bloqueio e no levantamento por causa da hiperextensão dos dedos, geralmente a mão esquerda é a mais lesionada em todos os fundamentos (BHAIRO et al., 1992).
Enquanto que os profissionais contundem-se mais as mãos no bloqueio e no levantamento em virtude de uma inadequada técnica das mãos na execução do fundamento (BHAIRO et al., 1992). Nos atletas, a mão direita é a lesionada com mais freqüência em qualquer fundamento (BHAIRO et al., 1992).
Segundo BHAIRO et al. (1992), os jogadores recreacionais e competitivos contundem-se as mãos nos respectivos fundamentos: 37% no levantamento, 36% nas bolas batidas no bloqueio, 18% na defesa de peixinho e 8% na cortada. Enquanto que os jogadores de dupla machucam os dedos cerca de 4% e os da quadra, em torno de 18% (AAGAARD et al., 1997). Os tipos de lesão nas mãos são constituídas por deslocamentos e luxações (39%), fraturas (25%), machucados (16%), deslocamentos (12%) e outros (BHAIRO et al., 1992). Sendo que 44% das lesões envolvem os dedos (BHAIRO et al., 1992). As principais regiões anatômicas lesionadas são: metacarpofalângica (38%), a articulação interfalângica proximal (17%), a articulação radiocárpica (8%) e outras (BHAIRO et al., 1992).
A prevenção da lesão nas mãos infelizmente não existe.
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