O São Caetano bem que tentou atrapalhar o time do Praia Clube, em jogo válido pela quarta rodada da Superliga Feminina. Só tentou. Mas se consolidando cada vez mais como uma força nesta temporada, o time mineiro conseguiu mais uma vitória convincente no próprio ginásio. Em uma partida recheada de polêmicas, as donas da casa fizeram 3 sets a 1 (25/22, 22/25, 25/14 e 25) e garantiram a liderança por mais uma rodada.
As donas da quadra contaram com a volta de Camila Torquette, que entrou ainda no primeiro set. As visitantes reclamaram muito para arbitragem no fim do jogo, por conta de uma bola que teria tocado na defesa do Praia antes de sair, mas a arbitragem deu bola a favor das mineiras que tiveram a maior pontuadora do jogo, Herrera com 22 pontos - e a melhor da partida foi Monique Pavão, que levantou o troféu Viva Vôlei.
Na próxima rodada, o São Caetano joga em casa, contra o Pinheiros. O time mineiro vai até o Rio de Janeiro onde enfrenta as comandadas por Bernardinho com transmissão da SporTV. O time mineiro terá nesta partida a estreia da central/oposta norte-americana Danni Scott que teve a situação regularizada.
O jogo
A partida começou equilibrada e polêmica. Depois de um ataque, Mayhara foi bloqueada. A bola voltou nela, saiu, mas o árbitro principal deu bola para as donas da casa. As atletas do São Caetano pediram para que a central acusasse o toque na bola, mas ficou a cargo do segundo árbitro dar o ponto para as paulistas que reclamaram muito do lance. Dentro de quadra, o time paulista defendeu melhor e aproveitou os erros de recepção do Praia Clube para fazer 8 a 6. Aos poucos, o clube mineiro melhorou no fundamento e o jogo ficou empatado com as duas equipes se revezando à frente do placar até o 17º ponto. Depois disso, as donas da casa abriram dois pontos de vantagem e, com os erros de saque do São Caetano mais os bloqueios de Angélica somados aos ataques de Monique Pavão, fechou em 25 a 22.
Disposto a tirar a invencibilidade do Praia Clube, o São Caetano voltou para o segundo set defendendo até onde podia. Depois da jogada de Mayhara ainda no set inicial, o clima esquentou e as jogadoras passaram a trocar encaradas por baixo da rede. Melhor nos bloqueios, as paulistas abriram vantagem de três pontos ao fazer 11 a 8. Para tirar a diferença, as mineiras acertaram a defesa e contaram com as viradas de bola da cubana Herrera para empatar em 14 a 14. A partir daí, parecia o primeiro set, as duas equipes se revezando à frente do placar em equilíbrio, desta vez, até o vigésimo ponto. A diferença no set, foi que o São Caetano aproveitou os erros de recepção do Praia, acertou o bloqueio e devolveu o placar de 25 a 22.
Saques que quebraram o sistema defensivo adversário, bloqueio funcionando, Arlene pegando tudo e Herrera garantindo a frente. Este foi o cenário do início do terceiro set que fez o Praia Clube abrir vantagem com tranquilidade e chegar a fazer 16 a 9 no placar. Bem taticamente em quadra, o torcedor viu um filme repetido, mas que não cansa de assistir: a cubana Herrera voando baixo, descendo o braço e somando pontos. Isto quando as centrais Letícia Hage e Mayhara não fechavam a porta para o ataque paulista. Como resultado, um 25 a 14 sem muitos problemas.
Mas o São Caetano queria complicar. Se no terceiro set o Praia venceu com tranquilidade, o seguinte seria difícil. Tanto que o São Caetano, impecável nos bloqueios e no ataque, abriu 4 a 0. As donas da casa usavam de todas as armas: pancada de Herrera, bloqueios de Hage e Mayhara, mas as paulistas recepcionavam bem e, mais estruturadas taticamente, abriram cinco pontos: 15 a 10. A cada ponto, a torcida vibrava junto. E bastou o Praia Clube diminuir a vantagem para a torcida, praticamente, entrar em quadra. Mesmo errando muitas chances de contra-ataques, as donas da casa foram atrás e diminuíram a vantagem das paulistas para um ponto: 21 a 20. Pressionadas, as visitantes erraram duas jogadas de ataque e o Praia virou o placar. Depois disso, mais uma polêmica. Comissão técnica e jogadoras do São Caetano reclamaram muito de um ataque da oposta Danielle, que teria tocado na defesa mineira. Mas o juiz confirmou o ponto praiano e depois de um bloqueio para fora das adversárias, o Praia fechou em 25 a 23.
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