Dani Lins fez nesta quarta-feira o que toda levantadora adoraria conseguir em uma partida de vôlei. Única titular da seleção brasileira na última temporada em ação, a campeã olímpica conseguiu fazer todas as cinco atacantes da formação titular do Brasil alcançarem bons números de pontuação. Tamanha divisão de bolas foi fundamental para que o Brasil do técnico Paulo Coco vencesse a China por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/20, 25/16 e 25/14, no Century Link Center, em Omaha, nos Estados Unidos. E, assim, iniciasse com vitória as finais do Grand Prix 2015, disputa em que o time verde-amarelo busca o seu 11º título, o terceiro consecutivo. A campanha brasileira neste Grand Prix segue irretocável: dez vitórias em dez partidas, com apenas três sets perdidos. Vale lembrar que, simultaneamente, a outra parte da seleção brasileira disputa os Jogos Pan-Americanos de Toronto, com o técnico José Roberto Guimarães no comando.
Juciely anotou 17 pontos (sete de bloqueio) e foi a jogadora que mais fez a bola cair na quadra chinesa. Gabi, com 15, e Monique, com 14, também se destacaram. Do lado asiático, Changning Zhang e Yanhan Liu , com 15 cada, foram as mais eficientes.
- Saio aliviado, porque foi um jogo difícil. Nosso jogo encaixou a partir do segundo set, tivemos calma, trocamos bola e vencemos - disse Paulo Coco.
Com o triunfo em quatro sets, a seleção soma três pontos e abre a fase final do GP na liderança. O próximo compromisso é a Rússia, nesta quinta-feira, às 17h (de Brasília), com transmissão ao vivo pelo SporTV, e cobertura em Tempo Real pelo GloboEsporte.com. Na sequência, o time fará outros três duelos (Japão, Estados Unidos e Itália). O país campeão será aquele que somar mais pontos ao longo das cinco rodadas, em Omaha, no estado americano do Nebraska.
O jogo
Paulo Coco colocou em quadra a mesma formação que terminou a fase de classificação com a invencibilidade: Dani Lins, Natália, Gabi, Carol, Juciely e Monique, além da líbero Sassá. Encaixado, o time começou com tudo e chegou a abrir 7/2. Mas as chinesas passaram a defender melhor e aproveitaram os contra-ataques para se aproximarem do placar, que era de 8/6 para a seleção brasileira no primeiro tempo técnico. O passe brasileiro começou a ter problemas com o saque bastante técnico das orientais, e elas acabaram assumindo a dianteira do placar (10/11), muito graças ao bom trabalho da ponteira Wang. A virada no marcador deu uma esmorecida nas meninas do Brasil. Alguns deslizes incomuns foram cometidos, como até um erro na rotação. Alheia a isso, a China tratou de virar bolas na quadra rival e chegou com tranquilidade a 20/17. A seleção não desistiu e chegou a ter chance de retomar a ponta na reta final do primeiro set . Mas as moças de vermelho não deixaram: 23/25. Era apenas a terceira parcial que o Brasil perdia em dez partidas neste Grand Prix.
Tal qual no início do jogo, a seleção deu um gás na volta para o segundo set. O passe estava melhor, e o meio de rede trabalhava bem, assim como as bolas pelas pontas. Também contava a favor uma lesão sofrida pela capitã Xia. Assim, o Brasil deslanchou. Com 7/3, o time foi se soltando, e a cobertura do fundo de quadra ficou melhor com a entrada de Léia no lugar de Sassá na função de líbero. Sempre eficiente, a defesa chinesa haveria de melhorar. Foi o que o aconteceu. Pontuar virou uma tarefa mais complicada para as brasileiras, e era hora de defender bem os contra-ataques. A China teve uma sequência boa, mas o Brasil já tinha 19 pontos no placar, quando levou cinco em sequência. Ninguém iria acabar com o domínio das meninas de verde-amarelo no segundo set: 25/20 e jogo empatado.
Empolgada com o bom momento, a seleção virou bolas com mais facilidade no início da terceira parcial. Em ótima fase, a central Juciely armava um paredão na rede, bloqueando as investidas chinesas. Dani Lins, ligada em quadra, passou a distribuir bastante a bola, fazendo Gabi, Natália, Carol, Juciely e Monique pontuaram quase com a mesma intensidade. Com tanta atacante eficiente, a vitória era uma questão de minutos no terceiro set: 25/16.
Com o jogo nas mãos e extremamente equilibrado em quadra, o Brasil soube caminhar com facilidade rumo ao décimo triunfo na edição deste ano da competição em que busca o 11º título. Dani Lins continuou dividindo muito bem as bolas de ataque e confundindo a defesa chinesa: 25/14 e virada sacramentada.
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