Fê Garay deixa a Rússia e procura 'uma camisa para vestir' no Brasil


Atacante da seleção brasileira reclama de salários atrasados do time russo que defendia | Foto: Alexandre Arruda/ CBV width=

Fora do Brasil desde 2013, a atacante Fernanda Garay, um dos grandes nomes da seleção de vôlei, deve voltar a defender um clube brasileiro na Superliga Feminina. Nesta terça-feira (3), a jogadora afirmou que não vai retornar ao Dínamo Krasnodar, da Rússia, que lhe deve salários, e disse que procura uma camisa para vestir no país.

"O mercado já está fechado. Porém, a regra permite que até janeiro, dezembro, você consiga inscrever alguma jogadora. Então alguns times sim me procuraram, a gente está conversando, negociando, e espero que nos próximos dias eu já tenha uma camisa para vestir", disse a jogadora, em entrevista ao SporTV.

De acordo com Fê Garay, o Dínamo, clube que ela defendeu na temporada passada, está com problemas financeiros e não respeitou o contrato. "A equipe do Krasnodar não conseguiu cumprir o meu contrato do ano passado, nem cumpriu as condições para esta temporada, para eu me apresentar e validar meu contrato. A equipe está passando por problemas financeiros lá que impossibilitaram a minha apresentação e minha ida pra lá."

Revelada pelo Minas, Fâ Garay também defendeu o Pinheiros antes de se transferir para um clube japonês em 2010. Foi jogando na Ásia que ela chamou a atenção do técnico Zé Roberto Guimarães, passando a integrar a seleção no Mundial daquele ano. Depois, nunca mais saiu do time nacional.

De volta ao Brasil, jogou no Vôlei Futuro, de Araçatuba (SP), e no Osasco. Deixou o País após uma boa proposta financeira do Fenerbahce, da Turquia, onde ficou um ano. Agora que quer retornar para jogar a Superliga, encontra no ranking um entrave. Ela é jogadora de sete pontos, pontuação máxima, e não teria espaço nos elencos que brigam por título: Rexona-Ades (Rio), Vôlei Nestlé (Osasco) e Sesi-SP.

"Eu acredito que o ranking foi feito para nivelar as equipes, mas os critérios têm que ser muito bem estudados. Eu acho que hoje esses critérios não estão funcionando. O ranking hoje limita as minhas possibilidades. Poderia estar jogando em qualquer equipe do Brasil. Se me quisessem, é lógico. Se a equipe tem interesse em me contratar e eu tenho interesse em jogar, isso seria o suficiente. Poderia estar me encaixando em qualquer lugar", reclamou Garay.


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