Serginho mal conseguia falar após conseguir, com o Sesi, uma taça que faltava em seu currículo. Recuperado de uma cirurgia, ele tem quatro parafusos nas costas. Não sabia se teria condições de jogar em alto nível. Tirou a prova nesta Superliga, com o título e os prêmios de melhor recepção e defesa. Na final, teve de usar uma cinta para conter as dores.
Aos 35 anos, o líbero, eleito o melhor jogador do mundo em 2009, é bicampeão mundial, hepta da Liga Mundial, campeão olímpico, pan-americano e bi na Copa do Mundo com a seleção brasileira. Neste ano, pediu para deixar a equipe. Queria dar lugar aos jogadores mais novos. O técnico Bernardinho não deixou.
- No ano passado sofri demais com as minhas costas, e hoje jogar com quatro parafusos e poder jogar vôlei em alto nível no meio da molecada, eu com 35 anos, ser chamado de novo para a seleção, algo que eu não queria... Eu me divertindo ainda em quadra e ainda ganhando o título que faltava na minha carreira. Meu filho estava me cobrando. Ele foi campeão paulista infantil agora. Eu não podia ir embora sem esse título, por tudo o que a gente fez – disse, em entrevista ao SporTV.
Serginho se lembrou de um episódio ocorrido há dois meses, quando foi tirar uma radiografia.- O cara que estava no maquinário do raio-x perguntou de quem era, e disseram "é do Sergio, jogador de vôlei". O cara perguntou "Mas ele está jogando vôlei ainda? Com esses quatro parafusos?".
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