Logo depois da festa do título do Rio de Janeiro no último domingo com a conquista da Superliga, o vôlei feminino sofreu um duro golpe nesta terça-feira, com o anúncio do encerramento do investimento do patrocinador do time de Campinas, que deve fazer o clube fechar as portas e deixar diversas jogadoras em busca de novos rumos. A meio de rede Carol Gattaz revelou conversa com as outras atletas nesta terça e disse que todas foram pegas de surpresa com o desfecho repentino
- Realmente foi uma notícia que nos pegou de surpresa. Hoje de manhã nós acordamos com várias mensagens, até das próprias jogadoras. Temos um chat no celular e todas estavam surpresas, porque uma semana atrás foi anunciada a troca da comissão técnica, o Paulinho (Paulo Coco) ia assumir (no lugar de Zé Roberto), já estavam começando as negociações, tinham atletas conversadas com a equipe da Amil, e realmente pegou todo mundo de surpresa, está todo mundo bem chocado com tudo. Se isso realmente se confirmar, o voleibol brasileiro perde muito - afirmou a jogadora.
O Campinas terminou a Superliga 2013/2014 na quarta posição e, após a saída do técnico Zé Roberto na semana passada, já que ele se dedicará exclusivamente à seleção feminina, já tinha sido acertado até um novo treinador. O projeto durou apenas dois anos. Em um comunicado, a Amil alegou mudança em sua estratégia de marketing para o fim do vínculo.
- Particularmente não falei com ninguém da comissão técnica, ninguém da Amil, só tive contato com as próprias jogadoras, todas já estão sabendo, algumas como eu ficaram sabendo pela internet, ninguém entrou em contato com a gente, mas está todo mundo bem triste, bem chateado com tudo o que está acontecendo. Estamos esperando como vão proceder as próximas horas e os próximos dias, mas ficamos tristes porque sabíamos que estava sendo feito um trabalho maravilhoso em Campinas, uma estrutura maravilhosa. É uma pena e um desperdício acabar assim uma equipe de voleibol.
As situações mais complicadas são de Natália e Tandara, já que são jogadoras de nível máximo no ranking da Superliga (nível 7), e há um limite de duas jogadoras por time. Hoje, apenas Osasco, Sesi-SP e Rio de Janeiro têm condições financeiras para bancar jogadoras de nível 7, mas só o time carioca não conta com jogadora do nível máximo. A ponteira Jaqueline é outra do nível 7 que também procura clube, e Fernanda Garay está no vôlei turco.
- Nosso contrato acabava em maio, logo depois da Superliga já acabava, todas as jogadoras já estavam livres, a não ser as jogadoras que já estavam negociando. Agora que o mercado ia começar a se mover, é difícil as coisas acontecerem antes do término da Superliga, mesmo porque eles precisam sempre renovar com as jogadoras de 7 pontos, vai ser mais um problema para essas jogadoras que vamos ter que enfrentar mais para frente - lembrou Carol.
A meio de rede ainda revelou que a relação das atletas com a patrocinadora era a melhor possível, e conta que ações de marketing interno era realizadas na Amil e todos apoiavam a equipe.
- Fazíamos ações de marketing na própria empresa e todo mundo adorava, todo mundo dava apoio. Em relação a marketing dava muito retorno, já foi mostrado em gráficos que a equipe dava retorno à empresa, então foi realmente um choque, porque todo mundo estava satisfeito com o projeto - concluiu Gattaz.
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