Aos 44 anos e com uma lesão considerável na panturrilha esquerda, Fofão mereceu cuidados especiais da Unilever na temporada que se encerrou no último domingo, com o título da Superliga diante do Sesi-SP, no Maracanãzinho. A preocupação atormentou a levantadora, que chegou a temer ficar fora do confronto. Mas quem esteve ao lado da atleta durante todo o processo de recuperação garante não ter tido nenhum receio.
Guilherme Tenius, o Fiapo, está acostumado a cuidar das atletas de Bernardinho. Afinal, ele integra a comissão técnica mais vitoriosa do país desde que a equipe se chamava Rexona e mandava seus jogos em Curitiba, nos anos 90. Nesse periodo, se divide entre o time carioca e a Seleção Brasileira masculina.
Em janeiro, durante a semifinal da Copa Brasil, Fofão sentiu o problema que a deixou ausente do segundo turno da Superliga. A partir de então, seu nome esteve presente a todo momento na agenda do fisioterapeuta. E foi assim até a semana mais importante da temporada nacional.
Na semana da final, ela teve uma carga de treinamento menos intensa, mas estava bem. Antes do jogo, o Bernardo ficou preocupado, mas eu falei "ela vai jogar". E, no jogo, não sentiu dor, só um desconforto contou Fiapo, em entrevista do LANCE!Net.
Marcada por uma carreira de poucas lesões, a campeã olímpica em Pequim (2008) levou um susto no torneio realizado em Maringá (PR) e saiu do jogo contra o Sesi-SP, em que a Unilever perdeu por 3 a 1, carregada pela equipe médica e com fortes dores.
Foi uma lesão grande (grau 2 para 3), um estiramento. Naquele momento, nós falamos "agora tem que parar', e veio o período grave, em que ela ficou sem jogar. Não queríamos colocá-la em risco. Depois, ela ficou boa, foi entrando aos poucos, até voltar no primeiro jogo da semi lembrou Fiapo.
A partida que marcou o retorno de Fofão foi um teste de resitência. Ela teve atuação decisiva na vitória suada da Unilever sobre o Vôlei Amil por 3 a 2, que garantiu a vaga do time na final. No fim, porém, voltou a sentir dores. Daquele momento até a decisão, seriam apenas duas semanas.
O tempo era curto. O desafio foi deixá-la mais próxima do bom. Era fisioterapia de manhã e de tarde. Fui algumas vezes na casa dela. Quando não tinha treino, eu ia lá disse.
O esforço foi recompensado pelo título da Superliga, o quarto no currículo de Fofão, e pelo prêmio de melhor jogadora da final. Ela ainda não sabe se seguirá jogando ou se fará do momento marcante um desfecho glorioso da trajetória nas quadras. Já Fiapo tem uma certeza.
Diria que esse ano aumentou um pouco o trabalho que estou acostumado a fazer. Não foi nada muito diferente de outras temporadas, mas desta vez envolveu jogadoras importantes afirmou o fisioterapeuta, que também tratou de lesões da ponteira Gabi e da central Juciely.]
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Crédito: Divulgação/Unilever Vôlei
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