ASeleção Brasileira de vôlei chega para a Liga Mundial 2014 com novidades. A equipe vai contar com atletas jovens como o levantador Murilo Radke (Kappesberg Canoas), o líbero Felipe e os ponteiros Douglas (São Bernardo Vôlei) e Lucas Loh (Vivo/Minas), entre outros. A estreia na competição será na próxima sexta-feira (23), contra a Itália, em Jaraguá do Sul (SC).
Acostumado a passar por diversos desafios desde a carreira de atleta, Bernardinho terá que encarar mais um na busca pelo décimo título da Liga Mundial: o curto tempo de trabalho com o grupo completo.
Com alguns jogadores encerrando a temporada no exterior e outros na disputa do Mundial de Clubes, o treinador explica que o trabalho será já com o "avião em voo", ao longo da competição.
Em entrevista à jornalista Clarissa Laurence, da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Bernardinho fala sobre os jogadores mais jovens, explica como encarar uma Liga Mundial mais longa — a competição terá duração de dois meses em 2014 — e revela os principais objetivos do grupo brasileiro para este ano.
Você está com um grupo ainda mais jovem em 2014. Qual é a sua ideia com essa formação?
Bernardinho: Sim, trouxemos alguns jogadores que demonstraram uma capacidade que está impressionando o grupo e que vão brigar, quem sabe, por uma vaga talvez até antes de um novo ciclo, já votado para 2016 mesmo.
A Liga Mundial neste ano é um pouco mais longa do que a do ano passado. Qual a grande vantagem nisso?
Bernardinho: Em se tratando da nossa Seleção, o bom é que estaremos mais tempo juntos. O período de treinamento esse ano foi muito curto e, mesmo que já estejamos com o campeonato em andamento, o grupo vai estar junto. É claro que temos as viagens e, por isso, não conseguimos ter o volume de trabalho de como se não estivéssemos jogando. Mas, de alguma maneira, a Liga mais longa permite um convívio maior, uma preparação melhor e isso vai nos dar uma condição de um tempo a mais juntos.
E esse período vai ser importante na construção desse novo time, que conta com jogadores mais jovens?
Bernardinho: Sem dúvida. Temos esse tempo para construir um time coeso, único, bem entrosado dentro e fora da quadra. São elementos importantes quando se fala em uma conquista. Leva-se em conta muitas coisas e isso, certamente, é um ponto valioso. Queremos ter uma boa participação na Liga Mundial, chegar à final, e vamos ter que aprender a trabalhar com o avião já em voo.
Qual é o objetivo da seleção brasileira masculina em 2014?
Bernardinho: O nível de competitividade na Liga Mundial é muito grande e estar no topo é algo muito importante. Nosso objetivo esse ano é conseguir uma consistência, brigar na Liga Mundial para estar bem na classificação, mas a meta principal é o Campeonato Mundial. Conseguir o tetracampeonato mundial seria realmente algo fantástico. Conseguimos isso em 2002, 2006 e 2010. Se vier o título em 2014, vai ser muito bom.
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