Sheilla, Jaqueline, Fernanda Garay, Thaisa e Fabiana. Qualquer levantadora do mundo adoraria ter tantas atacantes de qualidade no seu time como Dani Lins. Porém, não é nada fácil para a camisa 3 da seleção brasileira satisfazer o ímpeto ofensivo de um quinteto tão acostumado a pontuar bastante nos seus clubes. Isso geralmente só acontece quando as partidas caminham para vitórias tranquilas do Brasil, como o que aconteceu nos 3 sets a 0 sobre a Coreia do Sul, nesta sexta-feira, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A pontuação da seleção foi bem dividida entre as cinco atletas citadas: Garay (15), Thaisa (13), Sheilla (10), Jaqueline (9) e Fabiana (8). Todas saíram satisfeitas. Porém, Dani já deixou claro que dificilmente isso vai acontecer no duro embate contra a Rússia, neste sábado, às 9h50, no mesmo local.
- Todas elas têm muita vontade de atacar, de estar sempre fazendo ponto. Assim, o meu trabalho é bem difícil. Em um jogo no qual a gente abriu muitos pontos, todo mundo quer atacar e dá para eu fazer todas jogarem. Aí, eu tenho distribuir as bolas direitinho e fazer elas jogarem, independentemente de como vem o passe. Mas, dependendo do jogo, como vai ser contra a Rússia, eu tenho que jogar de acordo com a tática pedida pelo Zé Roberto - explicou Dani.
O triunfo sobre as coreanas mostrou que a levantadora titular da seleção brasileira vive uma boa fase. Dani Lins conseguiu imprimir uma boa velocidade e variou bastante as jogadas, possibilitando o sucesso das companheiras. Ela já disse que a tática contra as russas deve limitar um pouco as ações ofensivas, fazendo certamente com que algumas jogadoras não sejam tão acionadas. Tudo vai ficar claro após preleções e vídeos que serão passados por José Roberto Guimarães na concentração brasileira.
- Tem jogos que as centrais não vão atacar, em outros jogos as ponteiras não vão atacar, enfim. Eu tenho que distribuir a bola para quem está bem jogo, mas também devo confundir o outro time. O Zé vai nos passar um vídeo antes de dormir, depois um outro vídeo de manhã, antes de ir para o jogo. Vai ser um jogo muito mais difícil contra a Rússia do que foi contra a Coreia. Vamos estudar muito a tática que o Zé vai pedir. Vamos ter que dobrar o nível de concentração para vencer as russas - disse Lins.
A ponteira Jaqueline deixou claro que as meninas sabem que nem sempre todas poderão receber tantas bolas. Vivendo um bom momento após um ano afastada das quadras para virar mãe, ela espera continuar ajudando a seleção brasileira, seja como for.
- O importante é que o Zé Roberto e o time estão demonstrando confiança no meu trabalho depois de eu ficar um ano sem jogar. Todas receberam bastante bola contra a Coreia e isso é bom. Agora, nos outros jogos, quem estiver melhor ou com mais espaço vai acabar sendo mais acionada. É isso que costuma acontecer - disse Jaque.
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