Com 16 anos e 1,94m, promessa do vôlei se divide entre quadra e areia

Acaminhada da jovem Ana Patrícia em busca do sonho de ser uma atleta de alto nível está só no começo. Mas, em pouco tempo, a mineira de apenas 16 anos já deu passos tão expressivos quanto sua altura.

Com 1,94m, ela viu portas se abrirem após a conquista da medalha de ouro no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanquim (CHN), em agosto, ao lado de Duda. Agora, se desdobra entre quadras e areias para ir mais longe.

Nascida em Espinosa, município com pouco mais de 30 mil habitantes ao norte de Minas Gerais, Ana Patrícia conta que gosta de tudo relacionado a vôlei. Se é dentro de um ginásio ou numa praia, não importa.

Tanto que, passada a euforia de seu primeiro título internacional, ela disputa o Circuito Banco do Brasil Sub-19 na praia e está inscrita para defender Betim no Campeonato Mineiro Juvenil na quadra. Nem pensa em optar por um dos caminhos. Pelo menos por enquanto.

– Tenho que dar procedimento aos treinos e disputar o máximo possível de campeonatos na praia e na quadra. Deixei amigos e família na minha cidade, mas valia a pena. Era um sonho que sempre tive – contou a jogadora, ao L!Net.

A chegada ao esporte foi difícil. Não havia incentivo ao vôlei em sua escola. Foi nos Jogos Escolares de Minas (JEMG) do ano passado, e jogando handebol, que ela despertou a atenção de um delegado e foi indicada para integrar um programa de esportes de Betim sob as orientações do técnico Giuliano Sucupira.

Em 2013, Ana foi campeã mineira sub-21 e terceiro lugar no Circuito Banco do Brasil Sub-23. Até que foi convocada para a Seleção. Logo estava ao lado de Duda, bicampeã mundial e maior promessa do Brasil nas praias.

– Na China, tudo era novo e tinha um segredo a mais para eu descobrir. Mas me adaptei bem.

Idolatria por Larissa e Talita, e torcida por Osasco

Para brilhar no vôlei de quadra e na praia, Ana Patrícia se espelha em nomes consagrados dos dois esportes. Larissa e Talita são suas maiores referências. Na quadra, vibra com cada ponto da oposto Sheilla e admite que torce pelo Molico/Osasco, equipe da jogadora na última Superliga.

– Vejo todos os jogos. A Talita e a Larissa eu admiro não só como jogadoras, mas como pessoas. São meus espelhos. Na Superliga, sempre torço para o Osasco nas finais – disse.

Atualmente, ela está no terceiro ano do Ensino Médio e pretende aliar os estudos com a rotina de atleta.

– Quero fazer fisioterapia. É algo que admiro e tem a ver com o esporte.



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