Vissotto mantém olhos atentos nos amigos da Coreia do Sul e no Fla


Leandro Vissoto no vôlei na Coreia do Sul (Foto: Divulgação)

No momento turbulento, a porta se abriu na Coreia do Sul. Com salários atrasados no Rio de Janeiro, o oposto resolveu se aventurar do outro lado do mundo. Foi recebido como estrela no Suwon Kepco 45. Nos dois meses que passou por lá nesta temporada, entendeu melhor a forma de jogar dos sul-coreanos, comeu carne de cachorro e mariposa, e fez novos amigos. Dois deles - Jeon Kwangin e Seo Jaeduck - estarão do outro lado da rede neste sábado. Hospedados no mesmo hotel, fizeram festa ao reencontrar o oposto brasileiro, que era tido como um paizão, principalmente por Jeon, o mais novinho. A partida, válida pela quarta rodada da primeira fase do Mundial da Polônia, será às 15h15 (de Brasília).

- Eles me viram e me abraçaram quando cheguei. Jeon pediu que eu chamasse de Baby, como fazia quando eu jogava lá. Eu era o mais velho e ele o mais novo (22 anos) e melhor jogador do time. Passava experiência. Foi muito bacana. A Coreia joga de uma forma diferente do resto do mundo. Eles têm um jogo combinado e misturado. Vai cada um para um lado e costumam fazer boas defesas. Mas se sacarmos bem, vamos complicar muito a vida deles. É um time baixo, mas entra como franco-atirador. Eles fazem um campeonato muito particular, com direito a um estrangeiro por equipe que fica responsável por 70% das bolas por partida. Aqui nós temos que fazer nosso dever de casa e conseguir mais três pontos - disse. 

Bernardinho orienta o Brasil no jogo contra a Finlândia (Foto: Divulgação/FIVB))

Líder isolado do Grupo B e já garantido na próxima fase, o Brasil segue invicto e sem ter cedido um set sequer. Os adversários aparecerem na quinta colocação com apenas uma vitória. Ainda assim, os tricampeões mantêm a cautela. 

Vissotto treino vôlei Brasil (Foto: Danielle Rocha)

Vissotto não desvia a atenção, mas já pensa no que fará depois que deixar o ginásio. Embora desta vez não tenha colocado na mala uma camisa do Flamengo - apenas o tênis com as cores do clube -, dará continuidade ao que considera uma doce rotina: acompanhar o Rubro-Negro em ação nos gramados. Neste sábado, o jogo será contra o Grêmio, no Maracanã, pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão. O time da Gávea tenta o sexto triunfo seguido na competição.

- Estou vendo essa alavancada que o time deu pela internet. O pessoal brinca todo ano que vai cair e está aí de novo (risos). No dia seguinte da vitória sobre o Coritiba na Copa do Brasil (nos pênaltis), a primeira pessoa que encontrei no elevador foi o doutor Chamecki (Álvaro, médico da seleção). Tive que abraçá-lo. Vamos fazendo nosso trabalho aqui e de olho lá também - afirmou o oposto, que em sua passagem pelo vôlei da Coreia do Sul vestiu a camisa 10 em homenagem ao ídolo Zico.


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