Durou muito pouco a presença do Voleisul na elite da Superliga masculina de vôlei 2014/15. Na noite da última segunda-feira, o time de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi anunciado como a 13ª equipe da competição, assumindo o posto deixado pelo Rio de Janeiro, que abriu mão da disputa por ter perdido seu patrocinador. No entanto, na manhã desta terça-feira, o retorno do Voleisul à divisão principal foi revogado. Em uma plenária, a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) afirmou que há a necessidade de unanimidade para aprovar o acréscimo de uma equipe à Superliga. Como o Voleisul havia obtido a maioria dos votos dos times participantes da competição, mas não 100% de aprovação, a terá de disputar novamente a Superliga B.
A decisão deixou a equipe, vice-campeã da Superliga B, "em choque". O presidente do time gaúcho, João Fernando Hartz, afirmou que a CBV havia colocado a decisão nas mãos dos times e que uma maioria simples garantiria a presença do Voleisul na competição. Apenas o Cruzeiro e o Minas votaram contra o Voleisul na Superliga, o que, segundo João Fernando, foi um protesto contra a atitude da CBV de deixar a decisão para os times.
- Como conduta padrão, a CBV não assumiu a responsabilidade que todos queriam dela como entidade que era nos dizer: "Vocês estão aptos a participar da Superliga ou vocês não estão aptos". A CBV nos disse: "Se vocês conseguirem a maioria de votos, colocamos em votação oficial na segunda-feira, e o Voleisul fica com a vaga por ter sido segundo colocado". Recebemos amplo apoio. Apenas não conseguimos contato com o Minas. Tivemos a negativa do Cruzeiro. Não era contra o Voleisul, o Cruzeiro estava indignado por a CBV colocar a responsabilidade para os clubes. A votação na segunda foi 10 a 2. A CBV durante a reunião oficializou a nossa presença e divulgou uma pré-tabela onde incluía o Voleisul. Pela manhã fomos surpreendidos com a informação de que não era para o Voleisul jogar a Superliga porque todos os times teriam de concordar - disse João Fernando.
A entidade anunciou a inclusão da equipe na noite da segunda-feira, mas revogou a decisão na manhã desta terça-feira pedindo a unanimidade para aceitar o Voleisul. Segundo João Fernando, não há um regulamento escrito para a situação.
- O problema da CBV é q as coisas não estão escritas. As coisas ficam decididas a bel-prazer. Se tivessem dito antes, não teríamos anunciado. A CBV teve uma irresponsabilidade tremenda. Ainda estamos em choque, sem saber as providências. Não queremos ser também o time que parece que reclama tudo e não resolve na conversa. É cedo para dizer quais são as medidas que vamos tomar. Fico chateado e envergonhado com tanta incompetência - disse João Fernando.
A CBV não quis se pronunciar sobre o caso no momento. A entidade afirmou que poderá divulgar um comunicado sobre o ocorrido na quarta-feira.
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