A ansiedade e a adrenalina não deixaram que Fabiana Claudino, mineira de 31 anos, se intimidasse com os fãs que a cercavam na última terça-feira, em Brasília, enquanto empunhava, pela primeira vez no País, a tocha olímpica, símbolo dos Jogos que serão disputados em agosto no Rio de Janeiro. "Estava abobada", contou a capitã da seleção bicampeã olímpica de vôlei, escolhida para iniciar o revezamento da tocha. "Minha vontade era abraçar e juntar todo mundo para comemorar", acrescentou.
"Quando desci a rampa do Planalto, já senti algo incrível. No percurso, todo mundo batia palmas e dizia `Vamos! A Olimpíada é nossa, eu acredito!'. Foi sensacional", relembrou Fabiana, ainda com a vibração e o largo sorriso com que percorreu os 200 metros na última terça-feira.
A levantadora e bloqueadora falou ao jornal O Estado de S.Paulo nesta quinta-feira, na cidade de Saquarema (Região dos Lagos), onde as jogadoras da seleção treinam para a Olimpíada. De acordo com Fabiana, "o revezamento, independentemente de quem está ali, mostra união. Quando entreguei a tocha, senti que meu dever estava cumprido".
O simbolismo do revezamento, para Fabiana, é ainda mais importante diante do momento "ruim" que o País enfrenta. "Todo mundo está se dedicando para fazer o seu melhor. Vamos unir o máximo de pessoas do mundo inteiro para acreditar na nossa alegria e em um mundo melhor", anunciou.
Entre 12 mil atletas, voluntários e personalidades anônimas e famosas que carregarão a tocha por todo o País, Fabiana foi escolhida pela presidente Dilma Rousseff. Ouviu dela a felicidade por transmitir o símbolo do espírito olímpico a uma mulher negra - em 2015, a atleta foi alvo de ofensas racistas em quadra, após uma derrota.
"Representar as mulheres e a minha raça é um fato muito importante para o País de hoje. Cada vez mais queremos quebrar o estigma do machismo e do racismo. Acho que representei bem. Sou uma pessoa que não desiste nunca. Esse momento representa todos os trabalhos e conquistas, meu desempenho e minha dedicação. Não tem felicidade maior", resumiu.
Fabiana nasceu em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, em 24 de janeiro de 1985. Iniciou a carreira ainda aos 13 anos, em um clube local, mesmo sem fazer testes. A altura chamava a atenção. Em dois anos, ela já treinava com atletas adultas. Como profissional, chegou à seleção aos 18 anos. Hoje, com 1,93 metros, acumula prêmios pela atuação como levantadora e bloqueadora. Foi a melhor dos Jogos de Londres, em 2012.
Desde então, a atleta e a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães iniciaram os treinos para a competição no Rio. Há pouco menos de um ano, a preparação se intensificou no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em Saquarema.
Para Fabiana, "a ansiedade e o frio na barriga vão aumentando a cada dia". Em junho, dois meses antes dos Jogos, ela vai sentir o clima das instalações cariocas durante a primeira etapa do Grand Prix de Vôlei, jogando contra as seleções da Itália, Japão e Sérvia. A equipe treina diariamente em dois turnos, com exercícios de musculação, treinamentos táticos e de fundamentos.
Agora, as atletas têm uma motivação e uma companhia a mais: a tocha olímpica, que Fabiana exibe com orgulho, entre brincadeiras com as colegas e comentários sobre seu desempenho. "Estamos focados e dedicados. A gente sabe das nossas condições e responsabilidades para fazer o melhor", disse. "Desde que comecei a jogar vôlei, sempre joguei com a camisa, acreditando até o fim", completou.
A levantadora e bloqueadora falou ao jornal O Estado de S.Paulo nesta quinta-feira, na cidade de Saquarema (Região dos Lagos), onde as jogadoras da seleção treinam para a Olimpíada. De acordo com Fabiana, "o revezamento, independentemente de quem está ali, mostra união. Quando entreguei a tocha, senti que meu dever estava cumprido".
O simbolismo do revezamento, para Fabiana, é ainda mais importante diante do momento "ruim" que o País enfrenta. "Todo mundo está se dedicando para fazer o seu melhor. Vamos unir o máximo de pessoas do mundo inteiro para acreditar na nossa alegria e em um mundo melhor", anunciou.
Entre 12 mil atletas, voluntários e personalidades anônimas e famosas que carregarão a tocha por todo o País, Fabiana foi escolhida pela presidente Dilma Rousseff. Ouviu dela a felicidade por transmitir o símbolo do espírito olímpico a uma mulher negra - em 2015, a atleta foi alvo de ofensas racistas em quadra, após uma derrota.
"Representar as mulheres e a minha raça é um fato muito importante para o País de hoje. Cada vez mais queremos quebrar o estigma do machismo e do racismo. Acho que representei bem. Sou uma pessoa que não desiste nunca. Esse momento representa todos os trabalhos e conquistas, meu desempenho e minha dedicação. Não tem felicidade maior", resumiu.
Fabiana nasceu em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, em 24 de janeiro de 1985. Iniciou a carreira ainda aos 13 anos, em um clube local, mesmo sem fazer testes. A altura chamava a atenção. Em dois anos, ela já treinava com atletas adultas. Como profissional, chegou à seleção aos 18 anos. Hoje, com 1,93 metros, acumula prêmios pela atuação como levantadora e bloqueadora. Foi a melhor dos Jogos de Londres, em 2012.
Desde então, a atleta e a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães iniciaram os treinos para a competição no Rio. Há pouco menos de um ano, a preparação se intensificou no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em Saquarema.
Para Fabiana, "a ansiedade e o frio na barriga vão aumentando a cada dia". Em junho, dois meses antes dos Jogos, ela vai sentir o clima das instalações cariocas durante a primeira etapa do Grand Prix de Vôlei, jogando contra as seleções da Itália, Japão e Sérvia. A equipe treina diariamente em dois turnos, com exercícios de musculação, treinamentos táticos e de fundamentos.
Agora, as atletas têm uma motivação e uma companhia a mais: a tocha olímpica, que Fabiana exibe com orgulho, entre brincadeiras com as colegas e comentários sobre seu desempenho. "Estamos focados e dedicados. A gente sabe das nossas condições e responsabilidades para fazer o melhor", disse. "Desde que comecei a jogar vôlei, sempre joguei com a camisa, acreditando até o fim", completou.
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